Antes de pensar nos requisitos para avaliar um imóvel, o importante é definir o objetivo ao qual ele atenderá: moradia, aluguel ou revenda.
Mesmo que você conte com a ajuda de especialistas – no caso, os corretores – quanto mais conhecimento você tiver, melhor, pois poderá também dar mais detalhes ao profissional, o que torna a escolha mais assertiva e, consequentemente, mais rápida.
Se o seu objetivo é investir, a principal moeda, obviamente, é a valorização. Por isto, hoje eu trago dicas importantes para saber como avaliar este potencial.
Tenha atenção ao que acontece na cidade
Se a ideia é investir em um imóvel pensando em uma possível revenda, é fundamental atentar-se às regiões com possibilidade de expansão, especialmente vertical, pois estes lugares costumam despertar o interesse tanto de construtoras quanto de outros segmentos, já que imóveis atraem comércio e serviços e também são atraídos por eles. Regiões que possibilitem sossego estão em alta e atendem a uma demanda crescente. Bairros já desenvolvidos podem ter imóveis com bom valor e que demandem procura, mas por já terem crescido, não representam grande possibilidade de valorização.
Informe-se
Decisões governamentais podem influenciar o valor da habitação nas regiões. Liberação de instalações, melhoria de infraestrutura, construção de parques e demais áreas verdes, por exemplo, podem impactar positivamente. Já se a região for a escolhida para um novo presídio, por exemplo, os imóveis como um todo sofrem os reflexos negativos. O estudo de área deve ser aprofundado e detalhado, considerando, inclusive, o custo de vida dela.
Procure diferenciais mesmo quando trata-se de condomínios
Unidades de um mesmo edifício podem ter valores diferentes, e isso se dá devido a características particulares que tornam aquele apartamento muito relevante. Posição solar, por exemplo. Uma coisa é acordar e olhar a parede do bloco ao lado. Outra bem diferente é apreciar a cidade. Diferenciação = valorização.
Defina o perfil para quem se deseja vender ou alugar
Se a sua ideia é investir em imóveis com potencial de valorização para depois revendê-lo, atue como um vendedor e defina quem é o seu comprador – para, aí sim, poder usar as características do imóvel na negociação. Por exemplo, para quem tem filhos, área de lazer é uma das prioridades. Quem quer otimizar o tempo, busca regiões com boa mobilidade. Mas para quem trabalha em home office, por exemplo, estar em uma avenida movimentada, com barulho na maior parte do dia, pode não ser uma opção atrativa. Ruas mais tranquilas têm metros quadrados mais caros – portanto, saiba que o público com condições de pagar é menor. Aliás, o poder aquisitivo é determinante para a sua meta como investidor. Regiões onde a renda per capita é maior, atraem mais investidores.
Escolha a localização conforme sua pressa de retorno
Como eu já disse ali em cima, regiões com maior potencial de valorização são aquelas onde há mais espaço para crescimento, principalmente vertical. Porém, o retorno do investimento é mais lento nestes casos, pois necessita desta expansão. Já em bairros onde a qualidade de vida já é reconhecida, os valores são mais estáveis e tendem a não ter grandes variações mesmo com o passar dos anos, mas o retorno é mais imediato, no caso da venda de um terreno ou de uma casa recém-construída, por exemplo.
Não abra mão da ajuda de um profissional
Pesquisar sobre o mercado imobiliário e estudar a cidade é importante, mas a ajuda de um profissional em todo o processo até a tomada de decisão de adquirir um imóvel, é indispensável para obter uma avaliação precisa. O setor imobiliário é altamente especializado e dinâmico, por isso o recomendado é sempre contar com o assessoramento de quem já domina este mercado, entende seus percalços, sabe especificar vantagens e desvantagens, embasa ou contrapõe sua pesquisa, e até prevê o que, para uma pessoa comum, pode ser imprevisto. Além disso, contando com uma imobiliária você dispõe de acompanhamento jurídico também, dando segurança ao trâmite.
Avalie o tempo do imóvel
A diferença entre construções antigas e recentes é significativa. Quanto mais recente for um projeto, mais alinhado à realidade estará, principalmente quanto à estrutura interna. Imóveis mais antigos costumam oferecer plantas mais espaçosas e este é um fator que puxa para cima o valor, contudo, necessitam de mais manutenção. Aí cabe a cada um avaliar se o custo-benefício vale a pena: fazer reparos e pequenas reformas em um imóvel mais velho ou investir em um imóvel novo.
Estude a planta
A distribuição dos cômodos é um dos fatores de valorização de imóveis e um dos pontos fortes para quem deseja vender, pois o comprador poderá avaliar com mais detalhes se o projeto arquitetônico e de decoração desejados casa com aquela construção.
Dicas para escolher o imóvel ideal para morar!
Agora a conversa é com quem procura uma casa ou apartamento para viver, sem a ideia de transformá-lo em renda. Eu sei que você já sabe sobre localização, número de cômodos, benefícios do bairro e tudo mais, mas hoje eu resolvi te trazer outros pontos fundamentais na hora de escolher um imóvel e que quase ninguém fala.
Celular e fita métrica na mão! (Sim, fita métrica!)
De cara, dá para perceber se a casa tem o espaço que você deseja. Porém, para saber exatamente as dimensões de cada cômodo e se os seus móveis caberão nele, só medindo milimetricamente – literalmente. Este registro é importante também para comparação com outras residências. Se você preferir pode deixar esta medição a cargo da tecnologia. O aplicativo Magic Plan, por exemplo, calcula as medidas dos ambientes e, automaticamente, forma uma planta do imóvel. Basta enviar as fotos.
Visite o imóvel em horários diferentes
Você vai estar na casa durante todos os turnos, todos os dias, certo? Então, nada melhor do que saber como o imóvel e o bairro ficam em momentos distintos. À noite, o local pode ser tranquilo, mas de dia, barulhento. De manhã pode ter sol, mas à tarde, não. Para saber se a oferta é a ideal para você, ela precisa ser avaliada nos mínimos detalhes e em situações diferentes.
Anote e tire fotos de cada casa visitada
Definir o lugar onde você vai viver todos os seus momentos é um processo criterioso, muito detalhado e que exige bastante cautela e estudo. Por isto é normal que muitas casas sejam visitadas. Se você não fizer registros sobre características delas, bem como fotos, chegará uma hora que será difícil lembrar detalhadamente de cada uma e você pode até se confundir. Além disso, ter estas anotações e imagens é útil caso você queira outras opiniões sobre qual imóvel escolher, ou se resolver estudar cada uma das opções com mais calma.
Evite comparar a metragem com o número de cômodos
Não se apegue apenas ao número de cômodos como critério. Se uma casa com menos espaços mas mais metragem, agradar, ela não precisa ser descartada, pois nada impede que uma obra seja feita conforme a vontade ou necessidade do morador, possibilitando, inclusive, a concepção de cômodos multifuncionais.
E por último, mas tão importante quanto: pesquise o máximo que puder! Veja detalhes, estude a região, o bairro, reflita bem todos os prós e contras. E, claro, conte com a gente nesta jornada!
Espero ter ajudado!
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